terça-feira, dezembro 12, 2006

Das minhas impressões sobre o amor!

Por que será que tudo o que presencio por aí só corrobora minha idéia de que amor ou paixão (sei lá, tanto faz!) só aliena e aprisiona? O que é que faz as pessoas abdicarem totalmente de suas existências pra viver em função de outra pessoa? Será que não existe nenhum outro jeito de trocar afeto que seja mais saudável e mais sereno? Ainda não conheci na prática, nem minha, nem dos outros, uma maneira menos estressante de se relacionar, tudo o que vejo só confirma um fato: amor (pelo menos do jeito que as pessoas o tratam) traz anulação!

Sinceramente isso não me é conveniente e talvez seja esse o motivo de eu ser tão complicada, por que não quero abrir mão de mim pra viver a vida de outra pessoa. Amar traz outras atribuições, é outra coisa (ao que parece inexistente!) que não precisa interferir na autonomia de ninguém. Só acho desnecessário certas atitudes de despersonalização e perda de identidade.

Tá certo que assisti novela mexicana demais na vida e gosto um bocado de bolero, mas nem por isso acredito piamente nessa fantasia criada nestes folhetins e jargões ao estilo Luis Miguel em No me platiques más que diz:... y que nacimos el mismo instante en que nos conocimos... (tradução desnecessária, né?) não rola comigo e nem por isso me sinto menos romântica que ninguém, é só uma questão de coerência. Afinal eu tenho 24 anos de idade, são pelo menos 8760 dias de existência nesse mundão antes de conhecer “minha outra metade”, não faz o menor sentido eu zerar tudo e recomeçar a viver de outro modo. No mínimo, daria um trabalhão. Se já é difícil conviver com o que eu me tornei, imaginem se eu tivesse que construir tudo de novo. Façam- me o favor!

Mas quem sou eu pra criticar os enamorados deste planeta, não é mesmo? Logo a pessoa menos indicada, a que jamais soube na prática como viver nessa dinâmica amorosa, a que jamais proferiu palavrinhas melosas ou apelidinhos fofinhos e açucarados do tipo: moxim (variação de amorzinho, só que beeeemmm mais meloso), neném, cajuzinho (os clássicos) dentre milhões que não escrevo aqui por que estou com preguiça.

Apesar da visão pessimista (eu diria realista..hehe) e da opinião ácida, acredito no amor, mesmo nos que existem de maneira disfuncional e desejo aos que, como Lulu Santos, consideram justa toda forma de amor (e eu também considero, no fundo!) que consigam mesmo viver satisfatoriamente de acordo com as crenças que lhes forem mais convenientes. Talvez eu esteja precisando me apaixonar e descobrir se romantismo exagerado e dependência fazem de mim um ser humano mais feliz e sensível (será?)

Acreditar que os vossos romances podem dar certo pra sempre talvez seja o primeiro passo, o voto de confiança necessário pra impulsionar os sonhos compartilhados. Vai saber...um dia a gente acha um jeito de adequar nossas exigências em algum(a) santo(a) que saiba como satisfazê-las ou então muda os critérios...sei lá, a gente vai levando, ora descrentes, ora otimistas, do jeito que der...e chega de tanto blá blá blá sem fundamento!


6 comentários:

Anônimo disse...

oie..
eu sou a pessoa menos indicada pra falar q tudo isso é mentira..kkkkkk.
Mas o que eu sempre te falo,isso e inevitavel!sempre acaba acontecendo.Mas claro que sao graus de anulação.
realmente vc ta precisando se apaixonar pra testar todas as suas teorias..rs
beijos!
Te amo.

Anônimo disse...

wow...e o foi que tu viu que resolveu fazer esse texto merman?!
Axo como a Leili...ta precisando se apaixonar e vê como vai ser contigo...rs.

Te amo!

Bjos!!!

Anônimo disse...

eu sou totalmente contra essa anulação de que você tá falando. mas sou totalmente a favor da dedicação ao outro, sem desistir de si mesmo. quando rola esse equilíbrio, é lindo demais :)

Anônimo disse...

Às vezes essa concepção ocidental do amor (possessiva)me assusta. Infelizmente ela está arraigada em nossas entranha e por mais que tentemos eliminá-las, é muito difícil. Quando se vive um relacionamento onde pode-se aplicar essa visão, percebe-se o quanto ela é realmente aprisionante e "anuladora".
Acho que agora eu sei bem o que é viver em liberdade. Não que me prendessem, de forma alguma, mas acho que "incoscientemente" (ou conscientemente) eu me prendia. E hoje também não quero abrir mão de mim mesma por outra pessoa, e agora entendo bem como ele pensava.
Você melhora a cada dia!!!
TE AMO!!!!

Anônimo disse...

EXCELETENTE, você. Eu, repetido.

Nos entendemos bem, por isso que, às vezes, nossas conversar precisam ser veladas.
Eu acredito em amor, mas odiaria me anular. E penso que isso é o que mata as pessoas: forjar e forçar relações. E tudo isso é absurdamente diferente diferente de anulação. Porra, deixar de ler um livro ou assistir um filme porque o/a parceiro/a não gosta ou faz críticas? Que merda!

Digo sim aos relacionamentos seguros, entre pessoas que não se conheceram em outras vidas!

gustavo disse...

não sei muita coisa sobre o amor...
apenas o busco.