segunda-feira, março 28, 2011

Considerações sobre outras possibilidades


Estou preocupada com meu destino sócio-afetivo! E pela primeira vez na vida eu quase me desesperei por três segundos ao pensar no meu destino sócio-afetivo. É que eu me dei conta de algumas constatações desagradáveis quanto ao meu perfil nos sítios de relacionamento reais. Algumas milhares de vezes, pessoas do meu trabalho me perguntaram se eu tinha namorado. Eu poderia dizer no auge de minha assertividade quase agressiva “Não é da sua conta” ou dependendo da situação e do sujeito “Depende, por quê? É uma proposta?”, mas meu senso de honestidade e meu radar pra cortar assuntos desnecessários apenas me impelem a dizer “Não!”. Durante um longo período a mesma pergunta me foi feita e, apesar das expectativas, a resposta nunca mudou por algum motivo cósmico de conspiração da Lua, Saturno, meu hóspede por dois anos e Mercúrio ou por pura acomodação e negligência da minha parte. Depois, me perguntaram se eu pensava em casar, talvez pelas inúmeras negativas quanto à primeira pergunta e a resposta foi essa: “não é uma meta pra mim”. Pois bem, o fato é que esta sucessão de indagações e respostas consideradas insatisfatórias fomentaram nas mentes desocupadas desse povo a possibilidade de que eu venha a me tornar freira. E agora? Porque se for avaliar bem eu tenho mesmo o perfil de freira: não tenho namorado há um tempo considerável e vivo em função de ajudar as pessoas (ainda que tenha me formado para esse fim e esteja sendo paga pra isso). Ou arranjo um namorado e começo a desejar ardentemente um casamento ou me tornarei devota de Nossa Senhora das Fêmeas Desamparadas? Se são só essas as minhas opções eu estou lascada. Seria cômico se não fosse trágico. Pensando melhor, é cômico porque é trágico e antes participar de um ato cômico e trágico do que ser condenada precocemente a viver num frasco pra consumo com o rótulo “Mais uma que sucumbiu”. E se eu conseguir acreditar nisso por mais um tempo é provável que eu não enlouqueça com medo de ficar só.



Nota de rodapé: Só por que eu não tenho namorado? “Péra” lá! Eu mereço ser respeitada porque, afinal, sou eu que seguro as pontas afetivo-neuróticas dessa gente. Eu não disse que não namorava eu disse que NO MOMENTO não estava namorando. Não interessa se o momento já dura muitos anos. Eu não tenho compromisso com nenhum nobre rapaz, mas isso não impede que eu “namore” por aí. E eu disse que o casamento não era META, ou seja, eu não nego a possibilidade de que eu venha a contrair matrimônio, assim como posso contrair gripe, dengue ou uma virose qualquer. O que eu disse é que não é a coisa mais desejada na minha vida inteira a ponto de eu morrer de depressão se não conseguir. FIM DO DESABAFO E DO TEXTO POR MOTIVOS DE FORÇA MAIOR.

2 comentários:

Leilianne disse...

Qual o motivo da nota de rodape???alguma duvida de alguem no ar?kkkkkkkkkkkkkk

Juliano Matos disse...

perfil de freira não tenho namorado há um tempo considerável e vivo em função de ajudar as pessoas..devota de Nossa Senhora das Fêmeas Desamparadas..kk..que criativo